terça-feira, 25 de maio de 2010

A Genealogia da Dor


A emoção!

Que chega nos tirando os sentidos

Que chega nos fechando os ouvidos

Profunda e impávida desterrando...



A razão!

Que foge como débeis cervos

Que foge desabrigando os nervos

Confusa e fugaz pressagiando...



A paixão!

Que vem como cólera na espreita

Que vem sublime e imperfeita

Ardente refrigério tal como...



O amor!

Que chega ludibriando a alma

Que foge precipitando a calma

Que vem anunciando...



A dor!

Que chega e não vai embora

Que até foge, imensurável demora

Que vem precisa e nosso peito assola.